Monday, September 04, 2006

 

O Que Creio Sobre Dons Espetaculares - Parte 3

O Cessacionismo Ocasionalista

Como finalizei meu último post, pretendo mostrar neste presente uma visão mais branda do que o cessacionismo tradicional apregoa. Há um certo entendimento radical no meio cessacionista de que Deus não concede de forma alguma os dons espetaculares. "Eles não existem mais e isso é ponto passivo!" - podem dizer meus queridos irmãos cessacionistas. Mas não estou bem convencido deste ponto, apesar de ser um cessacionista.

Como venho mostrando através destes posts, minha visão se baseia mais na relação contextual do que propriamente num possível entendimento textual claro. Antes de me apedrejarem com razão, explicarei: Meu entendimento não provém de uma clareza doutrinária textual, como no caso do Calvinismo e a Soberania de Deus em Romanos 9, Efésios 1 e outras centenas de textos; mas sim de um aglomerado de ensinamentos às vezes não muito claros à primeira vista. Então fazendo alusão ao todo do contexto, as entrelinhas e aos pormenores muitas vezes excluídos das exegeses mais descuidadas. Talvez esta visão seja mais uma inferência lógica do que é implícito na Palavra.

Como já disse, creio que Deus conceda alguns dons espetaculares em momentos peculiares e altamente necessários, assim como creio em milagres dentro deste contexto. Um exemplo são as cartas que os missionários da APMT enviam. Creio que Deus use através do seu poder soberano forças sobrenaturais para sobrepujar a rebelião do povo descrente. Assim como ele pode usar uma oração para curar instantaneamente um nativo e assim mostrar aquele povo (no caso mais vilarejo) que o verdadeiro Deus está sendo representado pelo missionário. A pregação da palavra é sufuciente para conversão, eu creio nisso piamente, mas a Palavra do Senhor nos mostra que em momentos especiais ele se vale de milagres para alcançar os perdidos.

Olhando para esta realidade, não posso descartar que ainda hoje existam estes dons. Creio que eles se restringem à essas condições, somente. Também não descarto a recomendação de Tiago de que os presbíteros devem impor as mãos sobre o doente. Mas não vejo aí um dom da cura como no caso dos missionários e no relato bíblico quando estes dons são exercidos.

Por isso, pelo "conjunto da obra", me classifico como cessacionista ocasionalista. Creio ser uma visão mais branda do cessacionismo tradicional, mas também não abre as portas aos acontecimentos neopentecostais.

Comments:
Meu caro colega,

e essa parte que foi prometida na parte 2: "Claro que, dentro desta minha tese, se hoje uma igreja sofrer perseguição, pode ser que ela tenha esses dons. Mas isso fica pro próximo post."

abraço,

Daniel
 
Verdade meu amigo Portela. Não me atentei a esse detalhe. Creio que o velho alemão Alzheimer está me possuindo... =P

Mas no caso da igreja perseguida, penso que seus membros têm uma "vida-de-missionário". Acho que se encaixa nessa vida perseguida e de muita proximidade com Deus, pois sabemos que a igreja que é perseguida necessariamente é fiel. Se não ela deixa de ser igreja. :-)

Abração!
 
Eu sabia que vc não era tão cessacionista assim....

Tanto que, quando vc me perguntou pela última vez a minha posição sobre o assunto, eu disse: "sou tão cessacionista quanto vc".

Entendeu agora?
Um grande aberaço!
 
Santo esquecimento Robin!

Acho que você poderia escrever um pouco mais sobre essa teoria de igreja perseguida.

Grande abraço,

Daniel
 
Parabéns pelo seu Blog, ele é excelente e de grande ajuda a todos nós que desfrutamos de tudo que você tem postado.

Paz!
faculdade evangelica
 
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