Tuesday, October 03, 2006

 

posso reclamar sem me importar


Sabe, não sei se são meus olhos muito críticos mas me parece que quando alguém perde um certo status em qualquer lugar, sua primeira reação é reclamar. E não sou o único a perceber isso.

Neste caso específico, o cara não esperneou, mas num tom quase que santo, ele se julga o homem mais misericordioso da terra e o que mais se aflige com as situações precárias de homens "injustiçados por Deus". Como num Tsunami depois do Natal*, ele espalhou aos quatro ventos [denovo] que discorda da ortodoxia calvinista clássica, que tem sido apregoada por igrejas históricas ao longo dos tempos. Mas essa não é a ênfase dele. Se você não for cuidadoso na sua leitura, ele não está chovendo no molhado, mas levanta outra questão: sua rejeição no meio reformado.

Aquele que assumiu uma posição doutrinária muito aquém dos ensinos bíblicos está se vendo cada vez mais distante do mundo reformado e seus "prazeres". Tal qual o mendigo coberto de lama, ele quer que vejamos nele essa figura tão pobre e carente de afeto e amabilidade. Como se o ultrajássemos constantemente, ele é a "pedra rejeitada" pelos seus, embora nunca tenha sido dos nossos. Então, correndo uma maratona em que o prêmio seria tornar-se um mártir, ele sente o outro lado, o gosto amargo de se ver empurrado e jogado por nós no mesmo saco dos outros que deixaram o que ele deixou: o Sola Scriptura, trocado por seus sentimentos.

Agora, um coração todo quebrantado e cheio de compaixão por si mesmo chora, com esse terrível artigo, como quem diz "não me importo", mas escrito por importar-se, e muito.

* O texto orginal que estava no seu site sumiu, por isso joguei o link para outro lugar. Será que foi vergonha? Fica no ar...

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